Como acha que reagia se soubesse que um dos seus pés teria de ser amputado? Muitas respostas devem ter vindo à sua cabeça, visto que a palavra amputação tem um grande peso e tem também associados sentimentos como medo, angústia, tristeza e pânico.
Pois bem, mas nem todos reagem da mesma maneira, como é o caso de Joe Pleban, de 23 anos, que depois de seis anos de dores horríveis devido a uma doença rara, decidiu encarar a amputação do seu pé esquerdo com muito humor à mistura. Esta doença, caracterizada por uma inflamação nas articulações e que pode destruir o osso, terminou com a vida desportiva deste jovem que há seis anos era uma pessoa bastante ativa: praticava rugby, snowboard e corrida. Devido às dores horríveis, sobretudo no pé esquerdo, viu-se obrigado a deixar todas essas atividades.
Após ser submetido a três cirurgias, e com poucas perspetivas de melhoras, a amputação foi a única solução encontrada. Joe encarou-a com alívio e boa disposição, criando uma página no Facebook para se despedir do seu pé, que batizou de “As últimas aventuras do pé esquerdo de Joe”. “Pensei que se ia fazer uma página sobre a amputação, mais valia divertir-me com isso”, explicou o jovem.
Durante os 30 dias anteriores à data da cirurgia, Joe e a namorada aproveitaram ao máximo todos os momentos. Eles criaram uma lista de coisas que gostariam de fazer durante esse tempo, desde viagens a atividades, como por exemplo saltar de paraquedas, jogar de paintball, ir a um festival de música e passar umas férias nas Caraíbas.
Joe foi publicando algumas dessas atividades no Facebook, porém a que causou mais impacto foi a da tatuagem que fez no seu tornozelo esquerdo onde dizia “por favor, cortem aqui”, que consistia numa espécie de instrução, acompanhada por um picotado, para os cirurgiões. Numa outra fotografia, novamente com bastante humor, aparece sentado no chão perto de um pedreiro com uma serra elétrica, sugerindo que iria resolver o assunto logo ali.
Momentos antes da cirurgia, ficou apreensivo e pensou que quando acordasse poderia reagir mal. Mas isso não aconteceu. A primeira vez que olhou para a sua perna esquerda, agora amputada, pensou: “Ok, já está, não me estou a passar”. Pouco tempo depois começou a publicar fotografias na sua página, com muito humor, como sempre. Escreveu que já estava a planear uma máscara para o próximo Halloween em que se vestiria de surfista e a namorada de tubarão.
Nesta fotografia aparece ao lado do cirurgião Christopher Attinger, já com a perna amputada e a usar uma longa barba falsa e óculos de sol escuros.
“A minha família sempre encarou as coisas com humor, então para mim isso foi natural. Fazer a tatuagem foi uma brincadeira, vamos lá fazer uma coisa permanente que no meu caso não é permanente”. O objetivo de Joe Pleban foi passar uma mensagem positiva às pessoas: “A amputação não é uma sentença de morte, não terei limitações, assim que puser uma prótese poderei fazer o que quiser com a minha vida.”;
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