Um tubarão? Um polvo? Não, um tubarolvo! Uma equipa de investigadores da Universidade de Auckland presenciou uma das “maravilhas do oceano” após avistar um polvo a ‘apanhar boleia’ nas costas de um tubarão-anequim, no Golfo de Hauraki, ao largo da costa da Nova Zelândia. O momento aconteceu em dezembro de 2023, quando os investigadores procuravam frenesis alimentares no Golfo de Huraki, mas foi agora divulgado pela Universidade de Auckland.
Ao New York Times, a bióloga marinha Rochelle Constantine explicou que ficou confusa com o que estava a ver e que pensou que o tubarão pudesse estar ferido. “No início, pensei: ‘Será que é uma boia? Será que está enredado em artes de pesca ou sofreu uma grande dentada?'”, referiu.
Um técnico decidiu então montar um drone para poderem ver o animal de perto e descobriram que o ferimento era, afinal, um polvo Maori alaranjado. A descoberta foi apelidada de ‘sharktopus’, uma junção entre as palavras ‘shark’ (tubarão) e ‘octopus’ (polvo).
“Passados 10 minutos, seguimos em frente, por isso não posso dizer o que aconteceu a seguir”, disse a bióloga. “O polvo pode ter tido uma experiência e tanto, já que a espécie de tubarão mais rápida do mundo pode atingir 50 km por hora”.
Segundo o New York Times, o encontro entre as duas espécies é estranho, uma vez que os polvos encontram-se normalmente no fundo do mar, onde os tubarões-anequim raramente se deslocam.
Para Constantine, “o encontro do ‘sharktopus’ é um lembrete das maravilhas do oceano”. “Uma das melhores coisas de ser um cientista marinho é que nunca se sabe o que se pode ver a seguir no mar. Ao apoiar iniciativas de conservação, podemos ajudar a garantir que estes momentos extraordinários continuem a acontecer”, referiu.
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