Há cerca de um mês que vários peixes, essencialmente meros, com alterações de comportamento, estão a surgir à tona de água ao largo das ilhas das Flores e do Corvo, nos Açores. O comportamento invulgar já está a ser investigado pelos biólogos da Universidade dos Açores. No entanto, as causas permanecem, para já, desconhecidas.
Os avistamentos têm sido reportados por operadores marítimo-turísticos, como Carlos Mendes, da empresa Extremo Ocidente.
À RTP-Açores, o empresário, com mais de 30 anos de experiência na área, diz que nunca viu nada assim.
“O mero encontra-se na superfície, a boiar, com dificuldades em voltar ao seu habitat”, explicou Carlos Mendes, acrescentando que “aparentemente estão num estado impecável”, no entanto, um olhar mais aprofundado nota “a parte da bexiga e intestinos muito inchada”.
Alguns apresentam ainda “manchas, provavelmente, bactérias” pelo corpo, a mucosa dos olhos alterada e falta de algumas escamas.
Algo que está a deixar a população muito preocupada. “Ver o mero neste estado é muito triste”, realçou Carlos Mendes na mesma entrevista.
Há cerca de 10 dias que a Direção Regional das Pescas recolheu algumas espécies – mero, veja, pargo e abrótea – para análise no Instituto OKEANOS (da Universidade dos Açores) e no Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Contudo, os resultados das mesmas ainda não foram divulgados.
Enquanto estes não são conhecidos, o Executivo açoriano desaconselha o consumo destes peixes.
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