Presidente Do IRA Sem Papas Na Língua Frente a Frente Com Antigos e Atuais Autarcas De Foz Côa

A primeira audiência parlamentar sobre o canil ilegal de Vila Nova de Foz Côa, realizada a 17 de dezembro, ficou marcada por tensão e acabou interrompida devido a acusações entre o líder do IRA, Tomás Pires, e deputados presentes. A sessão, organizada pelo PAN, contou com a presença do ex-presidente da Câmara, João Paulo Sousa, do presidente da Junta de Freguesia, José Joaquim Soares Saraiva, e representantes de associações de proteção animal.

O caso remonta a maio de 2025, quando mais de 70 cães foram resgatados de um canil que não reunia condições de salubridade nem cuidados veterinários adequados. A operação envolveu cerca de 40 operacionais da GNR, do IRA e do ICNF, com apoio da Associação Midas e do Santuário Animal Vida Boa. O canil foi encerrado após a denúncia e as investigações sobre a gestão do espaço continuam.

Durante a audiência, o PAN criticou a falta de esclarecimentos dos antigos responsáveis autárquicos, que não confirmaram se os animais recebiam cuidados adequados nem se visitavam regularmente o canil. Foi ainda questionada a aplicação de 220 mil euros destinados à criação de um canil legal, cujo destino permanece desconhecido. Inês Sousa Real, líder parlamentar do PAN, considerou a situação um crime e anunciou que apresentará um requerimento para apurar como foi gasto o dinheiro e prevenir futuras situações de maus-tratos.

As declarações de Tomás Pires foram decisivas para a interrupção da sessão. O líder do IRA acusou os antigos responsáveis de tratarem os maus-tratos como simples “erros” ou “falhas” e criticou deputados por priorizarem a política em vez do apuramento dos factos. Nas redes sociais, o IRA reforçou que se tratou de um crime moral, ético e legal, e não de um erro administrativo.

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