Na Sala Oval, Trump foi direto ao afirmar que Zelensky não estava em posição de ditar termos e que a Ucrânia teria de aceitar um compromisso com a Rússia, caso contrário, os EUA poderiam retirar o seu apoio. O vice-presidente norte-americano, JD Vance, que também estava presente, criticou o líder ucraniano, acusando-o de ser “desrespeitoso”. Zelensky tentou responder, mas foi interrompido.
A discussão tornou-se ainda mais acesa quando Trump defendeu que a Ucrânia teria de ceder em alguns aspetos para alcançar um cessar-fogo, afirmando que qualquer acordo exige concessões. Zelensky, por sua vez, rejeitou essa possibilidade, exibindo imagens de crimes de guerra e reforçando que não poderia negociar com Putin, a quem voltou a chamar de “assassino”. O presidente ucraniano denunciou ainda a deportação de crianças ucranianas pelas forças russas e os crimes de guerra cometidos durante a invasão.
Trump, no entanto, insistiu na sua posição, acusando Zelensky de não demonstrar apreço pelo apoio americano. “Está a colocar milhões de vidas em risco”, afirmou Trump, acusando-o ainda de agir de forma irresponsável e de “brincar com a Terceira Guerra Mundial”.
Durante a reunião, Trump revelou que já teve diversas conversas com Putin, incluindo uma chamada telefónica em fevereiro, e afirmou que um acordo de cessar-fogo pode estar próximo. Também mencionou um acordo prestes a ser assinado com Zelensky, que daria aos EUA acesso a recursos naturais ucranianos, incluindo minerais essenciais.
No final do encontro, Zelensky desafiou Trump a visitar a Ucrânia para ver a realidade do país em primeira mão, afirmando: “Tem de vir e testemunhar com os seus próprios olhos”.
A discussão entre Zelensky, Trump e JD Vance em frente aos jornalistas.
Sim… isto aconteceu.pic.twitter.com/Sm6G3ipXQ7
— Mundo Vivo (@mundo__vivo) February 28, 2025
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