Encontrar relíquias automóveis esquecidas durante anos em barracões e garagens é mais vulgar do que possa pensar-se. Um dos exemplos mais recentes foi revelado pela Kidston, uma concessionária suíça de Genebra especializada na venda de “clássicos” de outras eras.
O super carro em causa? Um fantástico Lamborghini Miura SV, dos 150 que foram construídos em 1971, pintado em Bruno Metallizzato.
Um bloco V12 de 3.9 litros, com quatro carburadores Weber, dá alma a este desportivo virado para a competição automóvel. A caixa manual de cinco relações entrega 380 cv às rodas traseiras, levando-o em 6,7 segundos dos 0 aos 100 km/hora para uma velocidade máxima de 276 km/hora.
O Lamborghini Miura SV de que estamos a falar ficou guardado durante anos na Itália rural por Giuseppe Caprioli. Comprado primeiro em 1972, foi-lhe revendido em 1974 no concessionário de Pádua da marca italiana.
Caprioli sabia o que estava a comprar já que antes lhe tinha passado pelas mãos um Lamborghini Miura S, com 365 cv de potência, pintado de amarelo.
Um ano depois chegou a estar exposto no museu Ferruccio Lamborghini, nos arredores de Bolonha, antes de regressar ao dono, para, poucos anos depois, nunca mais ser visto na estrada.
Caprioli morreu em Abril do ano passado e, para não “atiçar” a curiosidade dos ladrões, a família decidiu entijolar a garagem da casa dele, até decidir o que fazer com o super carro.
O herdeiro a quem o “clássico” lhe caiu em sorte decidiu, por fim, contactar com um amigo de escola que sabia ser um apaixonado por aquele modelo específico.
Não se sabe por quanto o Lamborghini Miura SV terá sido vendido mas acredita-se que terá sido por uma pequena fortuna. Um exemplar igual, sem qualquer restauro, aproxima-se facilmente dos 2 milhões de euros!
Entretanto, a Kidston divulgou um vídeo, que apropriadamente intitulou The Final Act (O Último Acto) a mostrar o super desportivo a receber os primeiros raios de sol em décadas.
Surpreendente é ver o bólide voltar a troar os 12 cilindros, com um som que remete para as corridas automóveis dos anos 70. E bastou uma rápida “revisão” para substituir bateria, velas e pneus, e encher com gasolina o depósito de combustível.
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